11 de jun. de 2011

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Descalça, pisando em vidros
afogando as mágoas no espelho
face a face com a tristeza,
pois, toda verdade é dor.
Desejo conhecer o ser amado
o amor de ser amado,
mas será que vou reconhecê-lo?
Infelizmente só conheço o medo
Quarto vazio reflexo da alma
sem credo, sem fé
ouvindo canções soturnas em torpor, de repente,
um sorriso sobressai, como flores murchas no jardim.
Goteiras na sala de estar
mesmo sem sinal de chuva.
Lágrimas afogam
o corpo desolado,
miserável demais para prosseguir
paredes internas barreira para as horas
Alguém chamou a ambulância
já é tarde, esfriou.